Mau humor ou distimia?

Ficar de mau humor pela derrota do time, por exemplo, é uma reação normal e ocasional, algo saudável. Mas há quem expresse o mau humor mesmo nos melhores momentos, sem distinção ou razão para tal humor, sempre negativo e cronicamente deprimido na maior parte do dia, um sintoma típico da distimia ou transtorno distímico.


Em se tratando de um pequeno mau humor, a busca pelo prazer é fundamental, através de atividades de lazer, a prática esportiva, reencontro com amigos, por exemplo. Estas podem ser alternativas que contribuem para uma vida mais saudável e feliz. É difícil conciliar isso na rotina do dia a dia, mas é necessário priorizar o bem estar.

Mas para se pensar na hipótese de um transtorno há critérios e para isso a pessoa deve ser devidamente avaliada por um profissional para verificar outros sintomas bem como o contexto da expressão de tais comportamentos da vida do paciente, transtornos associados, histórico pessoal e familiar dentre outros.

Os sintomas encontrados com maior frequência no Transtorno Distímico são: a perda generalizada de interesse ou do prazer, retraimento social, preocupação excessiva com o passado ou sentimento de culpa, irritabilidade ou raiva excessiva, diminuição da atividade e produtividade, mas não a ponto de atrapalhar as exigências do dia a dia. Alguns destes sintomas devem se manter por pelo menos um ano para se levar a hipótese de distimia.

A prevalência da distimia, ou seja, a expressão desta na população geral é de 3% de acordo com os dados da Associação Psiquiátrica Americana e recomenda-se que o tratamento ocorra com profissionais, psiquiatra e psicólogo.

Nem sempre quem sofre deste transtorno busca por ajuda, pois a distimia pode vir a se tornar um quadro crônico, contribuindo para que a pessoa não perceba que está “passando dos limites” uma vez que esta percepção é muito particular. Assim, a família e as pessoas próximas podem sugerir e incitar a busca de ajuda profissional.

O mau humor é uma reação que reflete o estado de humor, mediante ao contexto em que se expressa, pode ser saudável. Devemos tomar o cuidado para não rotular e transformar todos os comportamentos do homem em doenças, logo, deve-se ter uma compreensão do momento em que a pessoa se encontra.

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