Relacionamento: reconstrução, perda, apego e luto.

Você está pronto para ter um relacionamento? Pergunta de milhões.. Você está se preparando para o amor ou se protegendo dele? Você prefere decidir perder à viver a crença convicta de se magoar? Deseja prever tudo no mundo emocional para não sofrer novamente? Sem confiança não há amor saudável, só vigilância mútua e isso é muito sufocante. Amor verdadeiro existe aceitação do risco, que existe em qualquer relação. Não há entrega sem incerteza. Não há vínculo profundo sem algum nível de exposição.

Você já se sabotou e tentou afastar alguém que só queria te amar? O cabra desce a Serra pra lhe ver e você dá um fora gigantesco e vai dormir? Tudo isso é medo de viver algo novo? Ou é você que ainda está presa as dores, medos, expectativas e inseguranças causada por um ou outros relacionamentos anteriores?

Nos relacionamos desde o olhar, no pensamento, ou na intenção de dizer algo. O ato de relacionar-se com o outro é o arcabouço da estrutura do nosso emocional, desde os primeiros vínculos de colo e infância, até as paixões mais intensas.

E quando o passado insiste em nos acompanhar? Estamos mesmo nos relacionando com um novo amor ou com as dores e mágoas mau resolvidas do passado? Fantasmas e feridas que clamam nossa atenção, atrapalham por quê?  A resposta está em te fazer curar as suas feridas. Não se trata de apagar o que foi vivido. Não é bloqueando que se resolve não, e você não está preso no passado e nem tem dedo podre. Respira. Você precisa é de clareza na sua capacidade de amar e para isso, há um longo caminho aí, elaborar e gerenciar experiencias que, certamente, irão lhe ensinar sobre si mesmo. É um convite à consciência e a reflexão. 

Relacionamentos amoroso são palco de projeção de desejos e feridas e que inevitavelmente, atribuímos aos outros o que ainda não elaboramos ou não compreendemos. Então cabe aí debruçar-se. Aí está o seu trabalho de autoanálise... focar a sua atenção nas suas reações e nas suas atitudes,  porque o ser humano atribui aos outros os seus próprios sentimentos, conflitos e experiencias não compreendidas.

Raros são as pessoas que erram querendo errar. Numa relação ninguém tem uma reação desproporcional porque gosta de ser sádico, ou expressa ciúme excessivos porque gosta de conflito, ou gosta de rejeitar ou magoar... mas trata-se de uma busca inconsciente de resolver mágoas da infância. Criança ferida que cresce vivendo relações disfuncionais, culpa-se o outro, sufocando possibilidades de se viver um amor saudável. Então, é preciso restabelecer acordos internos para tomar consciência e não repetir os conflitos dos próprios pais, ou outros relacionamentos afetivos também disfuncionais que ironicamente sufocam a nova possibilidade de amar.

Estas armaduras emocionais, escudos de proteção na recusa de amar, acontecem com frieza e racionalidade, dependência emocional exagerada, mentiras, esquivas e manipulações criando barreiras emocionais para não se expor ao risco de amar novamente, e de se sentir vulnerável. Viver no risco é estar disponível. Tentar novamente e construir uma nova história é para os corajosos e saudáveis mentalmente, afinal, quais as suas razões para se evitar a vida e a alegria de viver?

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Psicóloga Clínica - Carla Ribeiro CRP-SP 86203
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