Definição das emoções
As emoções estão presentes o tempo todo e nem nos damos conta, as emoções nos preparam para a ação, como um catalisador entre o meio e a nossa conduta. Logo a educação afetiva colabora na identificação e consciência. Reconhecendo-as, você poderá melhor conhecer a si mesmo (intrapessoal), adaptando-se melhor às constantes exigências do meio ambiente (interpessoal).
Emoção, do latim “emovere”
significa MOVIMENTO, então emoções são reações intensas,
inatas, conscientes e/ou inconscientes, manifestadas frente a determinadas
condições afetivas. Estimulam a pessoa para a ação e resposta na expressão ou
adaptação ao meio, e com isso, geram comportamentos.
Define-se a existência de emoções primárias, básicas ou universais, de caráter inato, e de emoções secundárias ou sociais, que resultam de aprendizagem com o meio.
Paul Ekman (2003) e Damacio (2012) identificam emoções básicas ou
primárias, de localização no sistema límbico, como: a alegria, a tristeza, o
medo, a surpresa, o nojo, o desprezo e a raiva. Elas são inatas, evolutivas e
universais.
a. ALEGRIA/ FELICIDADE: É protagonizar,
reconhecer e agir em busca do que lhe é importante, na construção de valores
próprios. Tem o objetivo de satisfação e recompensa. Apreciar os momentos bons
e viver também os ruins pois na felicidade a tristeza também é desfrutada
porque são dois polos tal como uma gangorra.
b. MEDO: despertado como um
fator de auto preservação, surge face ao perigo ou à ameaça em busca de
segurança. Implica em reação de lutar ou fugir. Reconhecer em si os próprios
medos e fragilidades é um sinal de força que nos impulsiona ao desenvolvimento
de coragem para sustentar o olhar naquilo que mais tememos em nós, a fim de que
sirva de crescimento pessoal.
c. SURPRESA: ocorre diante do
desconhecido, algo súbito, situações inesperadas que desencadeiam outras
emoções. Gera ação de aprendizado à variedade, ligado a adaptabilidade. Pessoas
avessas a surpresas são pouco adaptáveis.
d. TRISTEZA / INFELICIDADE: desperta o desejo
de recuperar ou reviver o que foi perdido, gera ações de relembrar, caminhar
sem rumo nas lembranças com o objetivo de recompor a própria satisfação. Quando
seguimos os passos da felicidade do outro e valores do outro. Se você não vê
sentido em sua vida, certamente está distante de seus valores, o farol que
ilumina e tempera sua vida.
e. NOJO/REPULSA: manifesta-se em
situações interpretadas como prejudiciais e aversivas, objetos considerados
prejudiciais e indesejáveis, com a função de garantir a própria integridade,
discernir entre o bom e o mal. Comumente manifesta-se para alimentos e
relações.
f. RAIVA: surge diante de um
obstáculo, que impede a conclusão de uma tarefa ou algo que se deseje adquirir,
possuir ou controlar. Implica na ação comum de destruir, subjugar ou contornar
o obstáculo.
Paul Ekman (2003) menciona emoções
sociais ou secundárias (e.g. vergonha, inveja, ciúme, empatia, embaraço,
orgulho e culpa). São fruto de processo de aprendizagem restrita a
significações pessoais, territoriais e temporais. Fruto de construção social
por meio das relações familiares, religiosas, econômicas e culturais.
Em psicoterapia trabalha-se as emoções
na regulação emocional, no potencial de modular impulsos e/ou emoções, mediante
reflexões e autoquestionamentos sobre tendências e ações dos comportamentos
pessoais, diante dos incômodos e das experiências vivenciadas. Particularidades
que envolvem diferentes níveis de atenção pessoal quanto aos próprios
comportamentos e emoções à serviço do compromisso com o processo de
psicoterapia. Conseguir eficiência em identificar e diferenciar grande parte
das emoções contribui para um bom conhecimento emocional, favorecendo adoção de
estratégias e ajustamentos nas adversidades, na conquista de novos significados
e comportamentos.
Ekman, P. (2011) A linguagem das emoções. São Paulo: Lua de Papel.
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Psicóloga Carla Ribeiro CRP-SP 86203
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adorei seu conteudo, mt bom para pessoas
ResponderExcluirExcelente. Principalmente o de Masculinidade.
ResponderExcluirPerfeito o conteúdo, porém só não é permitido compartilhar!
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