Psicoterapia na depressão

Todos nós nos sentimentos em algum momento da vida tristes, a tristeza é sentimento temporários e pode durar dias, mas não semanas ou meses, e ocorrem em ondas que tendem a estar relacionadas a pensamentos, eventos ou lembranças que passam e não interfere substancialmente com a funcionalidade do sujeito, ou seja é possível seguir a vida, durante qualquer período de tempo.


Já a depressão é uma série de sintomas e comportamentos que se assemelham a profunda irritabilidade e/ou tristeza de grau intenso que pode habitar no íntimo de cada um de nós, e não vai embora, passa a trazer prejuízos no desenvolvimento de atividades que a pessoa sempre gostou e contribui no declínio da energia, do envolvimento e até na falta de autocuidado e higiene pessoal.


As mulheres são mais propensas a apresentarem depressão que os homens, dentre os fatores físicos, os hormônios são os mais associados à depressão. Alterações nos níveis hormonais podem causar alterações no humor um pouco antes da menstruação (como parte da síndrome pré-menstrual), durante a gravidez e depois do parto. Algumas mulheres ficam deprimidas durante a gravidez ou durante as quatro primeiras semanas após o parto (melancolia pós-parto ou, se a depressão for mais séria, depressão pós-parto). Tanto para homens quanto para mulheres, alterações na função da tireoide e a baixa vitamina D, podem contribuir como fatores para apresentação de comportamentos e falseiam e assemelham uma depressão.

Tristeza é passageira, sendo consequência de um fator adverso da vida, mas a depressão perdura, muitas vezes sem um motivo consciente ou aparente... habita na alma com intensidade tamanha a ponto da vida perder o brilho e a cor. 

Pessoas com baixa autoestima, que sempre vêem a si mesmas e o mundo com pessimismo ou que são facilmente sobrecarregadas pelo estresse, estão propensas a apresentar depressão. Além dos aspectos psíquicos, deve-se levar em consideração eventos e hábitos do cotidiano, como por exemplo, doenças crônicas, deficiências nutricionais, distúrbios hormonais, dificuldades de relacionamento, problemas financeiros ou qualquer mudança indesejada do padrão de vida também podem vir a conduzir o sujeito a um episódio depressivo. 

Sintomas da depressão Podem incluir falta de apetite e perda de peso ou, ao contrário, aumento de apetite com ganho de peso; insônia ou sono em excesso; mudanças nas atividades e comportamentos habituais; perda do interesse ou do prazer em atividades que eram prazerosas, inclusive sexual; cansaço excessivo, fadiga; perda de concentração, de atenção; irritabilidade ou raiva excessiva; queda acentuada no rendimento do trabalho e estudos; isolamento social; crises constantes de choro; visão pessimista do futuro, ruminação de eventos do passado; sensações injustificadas de inutilidade, desvalorização, autoacusação, culpas em relação a si mesmo e ideias de suicídio ou morte.

As lembranças e traumas também podem interferir significativamente quando a pessoa está com depressão. A ilustração abaixo foi traduzida e é parte de uma coleção de um artista "Clay" em http://depressioncomix.tumblr.com que expressa através de suas tiras a rotina da convivência com a depressão. A tira retrata os pensamentos negativos que invadem a consciência e rapidamente interferem no humor e consequentemente se perde o sentido de um dia inteiro.



A depressão conforme a Classificação Internacional de Doenças - CID-X é dividida em três categorias, sendo: 

F32.0 Episódio depressivo leve ;
F32.1 Episódio depressivo moderado;
F32.2 Episódio depressivo grave sem ou F.32.3 com sintomas psicóticos;

O que muda é a intensidade e periodicidade dos sintomas apresentados. O tratamento requer uma avaliação detalhada e cuidadosa realizada por profissionais, sendo o psiquiatra e psicólogo.

Tratamento para depressão 

Psicoterapia em casos de depressão deve ser realizada com frequência semanal, tem por objetivo aprofundar o autoconhecimento, identificar gatilhos e crenças limitantes que fazem com que a própria pessoa a se autodepreciar em diferentes situações que a incomodam, e por consequência ampliar a compreensão sobre si mesmo, a fim de que as razões que causavam a depressão possam receber novos significados para transformar e curar as feridas do passado. O acompanhamento psiquiátrico, em muitos casos oferecem o aporte medicamentoso, necessário para suportar o sofrimento temporário e junto com a psicoterapia, enfrentar e superar esta fase tão frágil e necessária para o fortalecimento do indivíduo.

A família ou amigos podem auxiliar o deprimido de modo que ele busque ajuda profissional, acompanhá-lo nas consultas é fundamental para evitar recaídas ou mesmo evitar o abandono do tratamento. A paciência e a compreensão são importantes para que a pessoa com depressão se sinta aceita e encorajada.

Importante que o familiar não despreze ou deprecie os sentimentos manifestados, mas sim chame a atenção para a realidade com cuidado e com esperança. Convide a pessoa com depressão para um passeio e incentive sua participação em atividades que antes lhe eram consideradas prazerosas delicadamente, pois a cobrança pode vir a aumentar a sensação de frustração.

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Psicóloga Carla Ribeiro CRP-SP 86203

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